Fernando Henrique Cardoso almoçou com Lula. Pronto. Polvorosa entre tucanos, antipetistas e julgadores sumários de Facebook. O Brasil acha normal brigar, mas se revolta quando duas figuras públicas, que não necessariamente pensam da mesma forma, sentam para trocar ideias. Deveria ser o contrário: protestar e se indignar quando políticos não conseguem ouvir uns aos outros.
Radicalismo fácil dá voto no Brasil de hoje. Conversar virou problema. E assim vamos, convictos de que nada do que o outro tem a dizer interessa e que não pensar igual é sinônimo de inimizade.
O importante é marcar posição, mesmo que a posição seja um fiasco. Como? Despejando bravatas nas redes sociais e se alimentando do aplauso fácil da bolha.