Há a questão salarial, que dificulta os convites a profissionais que ganhem mais nas atividades que exercem hoje. Mas, na área da saúde, existe um outro complicador na montagem da equipe de Sebastião Melo, que devera ser a primeira a começar a trabalhar, mas será uma das últimas – não por falta de vontade e empenho do prefeito eleito, importante frisar.
O obstáculo é resquício da campanha eleitoral e do discurso mais inflamado da parte dos apoiadores de Sebastião Melo que critica o distanciamento social, as restrições às aglomerações e até mesmo as vacinas. Profissionais da saúde comprometidos com outra linha de conduta temem ser engolidos pela linha mais radical do futuro governo, ou mesmo ficarem sem espaço político para agir de forma mais dura, em caso de necessidade.
O prefeito eleito vem deixando clara a sua posição, mais conciliatória e de obediência aos decretos estaduais. Mas é fato que, em volta dele, nem todo mundo pensa assim.