Assumo publicamente um compromisso comigo mesmo e com meus leitores: em 2020, não falarei sobre cães soltos na praia. Cansei de ser chamado de chato e de ser incluído na lista de inimigos na humanidade por defender o que é certo. Quando repeti tantas e tantas vezes que lugar de cachorro não é na areia e nem no mar, só levei bordoadas.
Não adianta argumentar que esse ambiente é prejudicial aos próprios animais, que a urina e as fezes na areia ameaçam a saúde das crianças, que os idosos podem se machucar se um pet mais animado pular neles. Nada disso faz sentido. Fica a falsa impressão de que não gosto de cachorros, o que é mentira, mas tanto faz.
Existe em Porto Alegre uma meia dúzia de fanáticos que alimentam sua fama fazendo listas e difamando pessoas que julgam más, sem direito a defesa, por pensar e agir diferente delas.
Então, a partir de agora, me calo sobre esse tema. Que as areias das praias gaúchas se transformem em um imenso canil. Farei a minha parte, em silêncio. Quero voltar a merecer o reino dos Céus.