Tulio Milman

Tulio Milman

Consultor, formado em Jornalismo pela PUCRS e com especializações em Marketing pela ESPM, Recursos Humanos pela EAE (Espanha) e Storytelling por Stanford (EUA). Visitante convidado pela Wharton School em 2017 (Pensilvânia, EUA). Escreve semanalmente em ZH e GZH.

Mistério

Jornalista que investiga possíveis túneis nazistas no RS recebe ameaças

Um estudo geológico mostrou indícios das estruturas, mas não há certeza sobre sua existência

Tulio Milman

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Jornal Visão Regional / Reprodução
Estudos preliminares sobre os tuneis

Um antigo mistério envolvendo a possível existência de túneis usados por nazistas sob uma cidade gaúcha ganhou novos contornos depois que o jornalista que investiga o assunto foi ameaçado, alguns meses atrás. 

A história remonta ao século passado, quando imigrantes alemães chagaram a Ibirubá, no norte gaúcho. De acordo com editor da revista Enfoque, Clóvis Messerschimdt, eles eram colaboradores de Hitler que buscaram abrigo na América do Sul e que passaram por Ibirubá em sua rota de fuga rumo ao Chile e à Argentina. Os túneis teriam sido usados para esconder bens e pessoas. 

Clóvis explica que as escavações começaram bem antes da Segunda Guerra, quando famílias de região construíram abrigos para se proteger dos bandoleiros que saqueavam casas e sítios na região. Depois, a estrutura teria sido ampliada.

A tensão chegou ao ápice quando, recentemente, Clóvis iniciou uma pesquisa de campo com a ajuda dos professores Eduardo Guimarães Barboza e Maria Luiza Correa da Câmara Rosa, do Instituto de Geociências da UFRGS. 

Além de uma carta anônima, deixada em sua casa, o jornalista recebeu uma recomendação direta de um homem que se aproximou dele na rua e sugeriu que parasse a investigação imediatamente. Um boletim de ocorrência foi registrado.

Ouvida pela coluna, a professora Maria Luiza afirma que os dados preliminares revelaram indícios da existência de vazios no subsolo que poderiam ser túneis, mas que ainda não há certeza. Já o prefeito de Ibirubá, Abel Grave, garante que o município tem total interesse em esclarecer a questão, mas que as prospecções devem ser organizadas e planejadas.

– Existe um pessoal obcecado por isso que não tem respeitado a prudência –, afirma.


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