O governador Eduardo Leite quer ver de perto um modelo diferente de educação, antes de decidir pela sua implantação no Rio Grande do Sul. A viagem para Miami, prevista para o dia 5 de setembro, será totalmente voltada a reuniões e visitas às charter schools. Um dos encontros, já confirmado na agenda, será com o ex-governador da Florida Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush.
A viagem de Leite, que vai aos EUA acompanhado por Leonardo Fração, do Instituto Floresta, e pelo deputado federal paulista Vinicius Poit, do NOVO, é uma retribuição. Jon Hage, fundador e presidente da empresa pioneira nesse modelo alternativo, esteve em Porto Alegre, em maio.
A ideia das charter nasceu na Flórida, nos anos 1990, quando Hage assessorava Jeb Bush. Em 1997, a primeira escola era fundada, baseada em uma legislação que estabelecia parcerias público-privadas no setor. Como funciona: os investidores constroem a escola e montam a estrutura. Os pais decidem se matriculam seus filhos. O governo paga – menos do que pagaria em uma escola pública – pela educação. A gestão é liderada por um conselho comunitário. A implantação das charter não significa o fim das escolas públicas tradicionais. No modelo americano, elas funcionam como uma terceira opção.