O Brasil terá um presidente gaúcho a partir da segunda-feira. Com a viagem de Jair Bolsonaro a Davos, na Suíça, o vice, Antônio Hamilton Mourão, terá a sua primeira experiência de interino. Se alguém espera alguma medida bombástica ou a busca de protagonismo, ficará decepcionado. Mourão faz questão de garantir que sua passagem pelo Planalto será discreta. "Manter a casa funcionando dentro " é a frase que sintetiza a postura do vice enquanto estiver com a caneta na mão, provavelmente por três dias.
Mourão sabe que essa será a primeira de uma série de períodos na Presidência. O próximo, a se confirmarem as expectativas, será quando Bolsonaro for internado para retirar a bolsa de colostomia colocada depois do atentado sofrido em setembro do ano passado.
Perguntei ao general se ele sentia alguma espécie de emoção especial a uma semana de virar presidente pela primeira vez. A resposta foi a de quem está acostumado a cumprir missões complexas. "faz parte da normalidade do meu cargo", explica. Mourão não planeja qualquer viagem ou mudança de rotina, a não ser as exigidas pela função.
O último gaúcho a assumir a Presidência, também interinamente, foi Marco Maia, entre 25 e 29 de março de 2012, quando era presidente da Câmara dos Deputados.