Tentar reduzir a importância do futebol é um atentado contra a cultura brasileira. Quando os britânicos gastam bilhões de libras e param o país para ver uma festa á fantasia que chamam de casamento, nós aplaudimos. Por que não parar parta ver a Seleção? Sei da crise, do desemprego, das dificuldades dos empresários soterrados por impostos e cobranças.
Longe de mim confundir minha opinião com verdade. Mas defendo folga quando o Brasil jogar. Para que todos voltem mais leves e bem humorados depois. Para que, por algumas horas, a gente esqueça o Temer, a greve do caminhoneiros, o Bolsonaro, a roubalheira da Lava-Jato, o salário que não chega no fim do mês, a bala perdida ali na esquina. Não é alienação. É um respiro, um descanso, uma mudança de foco para que possamos encontrar os amigos e a família e torcermos juntos por alguma coisa.
Aos que não gostam, nenhum julgamento ou crítica. Apenas um pedido: deixem os que gostam se divertir. É de quatro em quatro anos.
Vai ter pipoca, bergamota e o amigo chato que não cala a boca. Vai ser divertido e a gente precisa, mais que nunca, se divertir.