A autocrítica daria munição aos adversários. Ouvi o argumento de expoentes petistas. Duvidoso, mas fazia algum sentido. Hoje, não faz mais. A forma petista de autocrítica espontânea tem sido o silêncio. Tipo vou ali na esquina e já volto, ou vou me dedicar a outras atividades. É pouco para um país que acreditou nesse projeto como poucas vezes acreditou em outro.
As vozes mais lúcidas do PT, ao se calarem, traem o partido e a sociedade. Não me refiro aqui aos crimes vomitados nas delações premiadas. Falta uma autocrítica estrutural, verdadeira, construtiva. Para fazê-la, vai ser preciso coragem.