Venho, há muito tempo, alertando para os perigos de uma eventual eleição de Bolsonaro. Perigo de radicalização, de mergulho nas sombras, de violência institucional. É a minha opinião. Não é uma verdade, mas o meu jeito de ver. Cada vez que digo isso, meia dúzia de destrambelhados reage ferozmente nas redes sociais. Essa reação é que me faz ter certeza de que tenho, pelo menos, uma parcela de razão.
Pensando no longo prazo, talvez Bolsonaro seja o mal necessário. O preço será alto, mas é provável que não haja outro caminho. Quando eu era criança, enfiei um arame na tomada. Aprendi a nunca mais tentar repetir a loucura. Mas só depois de me machucar.
Tomara que não. Tomara que até o ano que vem surja um nome equilibrado, ponderado, honesto, desapegado ao poder e apegado a um projeto eficiente e solidário de país. Pelo menos alguém com alguns tons disso tudo. Se bem que um candidato assim, no Brasil de hoje, talvez não seja ouvido por quase ninguém.