Encontrei, pela primeira vez, alguém que defende Donald Trump publicamente. E usando argumentos racionais. Estou há três meses nos Estados Unidos, numa região predominantemente democrata. Rod Rosenstein deu uma palestra ontem na Universidade de Wharton, aqui na Filadélfia. Eu estava na segunda fila, atrás da filha dele.
Principal assessor do Ministério da Justiça, foi o autor do memorando que levou o presidente Donald Trump a demitir o ex-diretor do FBI James Comey, que investigava as conexões de Trump com a Rússia.
Rosenstein garantiu, diante do auditório lotado:
1) Que nem seu memorando nem Trump tentaram impedir as investigações.
2) Que a economia americana vai bem, com empregos em alta e bolsa valorizada.
3) Que a Coreia do Norte é um perigo para o mundo.
4) Elogiou a exigência imposta por Trump: a cada nova lei ou regulamentação proposta, duas velhas devem ser revogadas.
5) Que hoje 65 mil americanos morrem por ano de overdoses causadas, na maior parte, por drogas sintéticas.
6) Que a suspensão do programa de proteção aos filhos de imigrantes ilegais pode ser contestada, mas é totalmente legal.
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Pelo tom das perguntas, ficou óbvio que a plateia não concordava com ele. Mas não houve vaias, nem protestos, nem ovos arremessados na direção do púlpito. Era um ambiente acadêmico. Todos agradeceram disposição do palestrante de estar ali. E no fim, aplaudiram, democraticamente.