Leitores vorazes que conseguem abrir mão do formato tradicional do livro e do cheirinho inconfundível de papel novo têm um alívio considerável no bolso. Levantamento feito pela coluna mostra que, para comprar oito dos 10 títulos de ficção mais vendidos no país na versão digital, o brasileiro economiza hoje 30,2% em comparação ao que gastaria com a versão impressa das obras. Quatro anos atrás, quando os primeiros leitores digitais chegaram ao Brasil, o gasto era praticamente o mesmo. A diferença era de apenas 0,42%.
Leia também
Há 19 tipos diferentes de sorrisos, mas só seis indicam felicidade
O Piratini está sendo induzido ao erro
Os bastidores da visita de investidores interessados no Banrisul
Nos Estados Unidos, a diferença média entre o livro impresso e digital é ainda maior, 39%. Por lá, a redução do preço veio graças à força de um outro personagem na história: o escritor. Em certos casos, o autor pode negociar a exposição de sua obra diretamente com as livrarias virtuais. A negociação sem mediação empurrou o preço da obra digital para baixo, obrigando as editoras a fazerem o mesmo.
No Brasil, um dos entraves é a conexão com a internet: fora dos grandes centros urbanos, o serviço ainda é precário, o que impede venda digital em maior volume. Outro fator é o número de títulos publicados. O país menos da metade dos livros impressos disponíveis atualmente tem versão digital.