Não há motivo para festa ou celebração. Os projetos do governo aprovados pela Assembleia são drásticos. Muita gente ficará sem emprego num momento em que a economia tenta, ainda sem sucesso, se recuperar da crise.
A monstruosidade em que se transformou o Estado vinha sendo construída há décadas. Agora, a conta chegou. Infelizmente. Com certeza seria ainda maior no futuro.
Tudo isso só fará sentido se as reformas propostas por Sartori forem entendidas como meio e não como fim. Se os cortes de pessoas e de estruturas significarem, com a máxima urgência, a melhora na qualidade dos serviços públicos, especialmente na educação, na saúde e na segurança. Se isso não acontecer, mais uma vez, terá sido em vão.
TERMÔMETRO
O Piratini mediu a febre. A aprovação da reforma da estrutura do Estado foi entendida como um sinal de que há espaço para mais iniciativas nessa área.
TERCEIRO TURNO
Rio Grande do Sul, um Estado no qual os deputados se enfrentam bravamente na tribuna. Para disputar, numa longa sucessão de discursos inflamados, qual governo é ou foi mais "mixuruca". Tarso ou Sartori.
Mixuruca, não?