Foi linda a cerimônia de encerramento da Olimpíada de Londres 2012, ontem no Maracanã. Se bem que não acabou ainda. Só o primeiro ciclo está encerrado. Quatro anos depois, os súditos de Elizabeth voltam para casa carregados de medalhas – 66. Mais do que conquistaram em seus próprios domínios – 65.
Quando se fala em legado, os ginásios, os bulevares e as avenidas são apenas uma parte. A mais imediata e tangível para o Rio de Janeiro. A menos importante para o resto do Brasil.
Os jogos de Londres inspiraram milhares de jovens britânicos a praticar esportes. O país estava pronto para recebê-los, com estrutura e investimento. As medalhas de 2012 não foram o fim, mas, sim, o começo.
Quatro anos depois, descobrimos por aqui o Isaquias, o Lucão, o Thiago, o Robson, o Alison e o Bruno, a Rafaela, a Martine e a Kahena. Até fizemos as pazes com o futebol. E agora? Guardar as medalhas no armário é tudo o que não devemos fazer.
Nós e os nossos campeões.
Que os novos ídolos brasileiros compreendam seu papel e que o país ofereça a eles a chance de seguir em frente. Não só por eles, mas pelos milhões de jovens brasileiros que teriam no esporte uma oportunidade para crescer. A imensa maioria nunca disputará uma Olimpíada. Nem precisa. O campeonato da escola, se bem organizado, carrega valores e possibilidades que valem ouro.
E se o país olhar para o que deu certo antes, verá o lindo exemplo de Londres. Os jogos continuam. Se conseguirmos aprender mais essa lição, a cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio, daqui a quatro anos, em Tóquio, será ainda mais feliz – e dourada – do que a de ontem.
Pela pupila
A Restinga, um dos bairros mais carentes da Capital, visto pelo olhar das suas crianças. Esse é o tema da 1ª Exposição de Educandos do Centro Social Padre Pedro Leonardi. São 30 imagens em preto e branco com o título: "Fotografia é escrever com a Luz". A oficina, desenvolvida pela educomunicadora social Verônica Lara, foi criada para estimular a reflexão através da arte. A mostra pode ser conferida até o dia 27 de agosto, das 9h às 13h, na Estrada Chácara do Banco, 71. A entrada é franca. Depois, será levada para outros lugares públicos de Porto Alegre.
Novos ditos gauchescos pós-olímpicos
-Mais ignorado que medalhista de taekwondo
-Mais azedo que saltador com vara francês
-Mais cascateiro que nadador americano
-Mais por fora que nádega de jogadora de vôlei de praia
-Mais escorregadio que porta-bandeira de Tonga