Enfia não sei onde, vão tomar naquele lugar. A quantidade de referências à famosa parte da anatomia humana estampada nas notícias da semana nos empurra para uma conclusão psicanalítica: o poder, no Brasil, tem fixação na fase anal, uma das etapas do desenvolvimento psicossexual das crianças. Da Wikipédia: “Quando os pais começam o treinamento de usar o vaso sanitário, a criança pode ganhar aprovação ou expressar rebeldia ou agressão ‘segurando’ ou ‘liberando’. Assim, um treinamento rude pode causar uma fixação que pode se atrelar à personalidade”.
Agora é oficial, atestado por confirmação explícita: o jogo de cena da política brasileira é uma espécie de porta do banheiro fechada. Para a gente não ver o que acontece lá dentro.
O Big Brother não poupa ninguém. Melhores momentos: as gargalhadas da presidente Dilma quando Lula fala dos cinco homens entrando no quarto da querida assessora Clara Ant. “Ela pensou que era um presente de Deus, e era a Polícia Federal”, descarregou Lula. Só ouvindo a reação de Dilma para entender a profundidade da revelação.
O interminável desfile de palavrões revelado na Sapucaí das escutas telefônicas é revelador. Essa espiada nos intestinos do poder é desconfortável. Pela confirmação da esquizofrenia intencional. Pelo abismo revelado entre personagens e atores. É enorme a distância entre o que acontece em público e no privado. Ou na privada, vai saber. #SomosTodosLatrina.