Quando me convidaram para (re)visitar o Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu, achei estranho. Por ter familiares por lá, frequento a cidade desde a adolescência e lembrava do local marcado por um obelisco e uma vista bonita no encontro dos rios Paraná e Iguaçu. E só. Mas é que a atração passou por uma transformação nos últimos dois anos e, embora ainda não esteja concluída, agora é, de fato, uma atração.
O marco está ali há mais de um século, inaugurado em 20 de julho de 1903. Celebra a paz entre os três povos e o limite territorial de Brasil, Argentina e Paraguai – do mirante, dá para avistar os obeliscos dos outros dois países.
Mas o que há para ver ali agora além do já mencionado marco? É que, à volta dele, ergueu-se uma estrutura gigante, reproduzindo uma antiga missão jesuítica e atrativos que descrevo a seguir:
Vila Cenográfica das Missões Jesuíticas - As construções e a ambientação reproduzem locais em que viviam índios guaranis e padres jesuítas nos séculos 16 e 17. Inspiram-se nas 30 reduções que ficavam no leste do Paraguai, ao norte da Argentina, próximo à fronteira com Foz do Iguaçu, e no Rio Grande do Sul. Como diria um amigo meu, falta agora a ação do tempo para dar ainda mais verossimilhança à Missão.
Memorial Cabeza de Vaca - Abriga projeção em vídeo narrando a formação – cultural, histórica, política e geológica – do lugar. O nome lembra o primeiro homem branco a avistar as Cataratas do Iguaçu, guiado por índios guaranis, o capitão espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, em 1542. O ambiente é superbacana, mas ainda é preciso melhorar a qualidade do som. Também senti falta de legendas em inglês/espanhol, já que os estrangeiros por ali são muitos.
Há também um labirinto com grafites muuuito legais, reproduzindo cenas e representantes da fauna e flora locais (ótimo para muitas selfies e brincadeiras fotográficas), parque infantil, restaurante (Cabeza de Vaca), food trucks com lanches típicos dos três países, e, claro, uma lojinha com artesanato.
Não me eram estranhos, mas sempre me chama a atenção a forma inteligente como usam elementos da natureza para vender produtos, como esses picolés (ou paletas) da foto abaixo.
E ainda, no final do dia, ao pôr do sol, a área aberta recebe apresentações culturais de terça a domingo. Ou seja, super-recomendo a visita.
Serviço
Das 14h às 23h (bilheteria até as 22h).
Ingresso custa R$ 24, com isenção e meia entrada para quem tem direito conforme a legislação.
Restaurante, das 16h às 23h.
Fica na Av. General Meira, s/n, no Jardim Eldorado