No caminho que faço entre o Vale do Taquari e Porto Alegre, só olhava para a placa que indicava o acesso para o Morro Gaúcho, na RS-130, entre Encantado e Arroio do Meio. Na infância, o ponto era marcado também pela vendedora de rapaduras que se instalava ali aos domingos. Na tarde de Natal, finalmente conheci o lugar, a 559 metros de altitude e que integra o município de Arroio do Meio.
A partir da rodovia, é preciso percorrer cerca de 5,5 quilômetros de estrada de chão, íngreme, cheia de curvas e pedras — mas dá para subir com um carro normal, desde que com cuidado. É ponto certo para esportes de aventura — escaladas, trekking, ciclismo, voo livre. Um pedaço do morro, coberto de Mata Atlântica, é considerado Área de Preservação Permanente (APP) e há quem defenda que o acesso a visitantes e esportistas seja dificultado. Não sei se é o caso, talvez alguma espécie de controle...
Mas é certo que é uma das principais atrações turísticas do Vale do Taquari e, do alto, dá para avistar cidades da região, além do rio que dá nome ao vale. A antiga pedreira que havia no topo, de origem basáltica, deu lugar a um banhado onde, ao entardecer, pode-se ouvir uma sensacional orquestra de sapos e rãs.
Já noite, ao descer, o festival era dos vagalumes.