Correção: o prefeito Adiló fez cirurgia para a retirada de um nódulo para prevenção do câncer, e ainda não há resultado da biópsia. Não há diagnóstico de câncer de próstata como publicado entre 19h de 27 de novembro e as 17h36min de 28 de novembro. O texto já foi corrigido.
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Passado um mês do segundo turno que reelegeu Adiló Didomenico (PSDB) em Caxias do Sul, as reuniões de avaliação dos últimos quatro anos e a definição da composição do secretariado devem começar na próxima semana. O início da transição foi prorrogada depois que Adiló descobriu um nódulo na próstata, removido em cirurgia realizada no dia 17 de novembro.
Nas redes sociais, o prefeito reeleito anunciou que "ocorreu tudo bem" no procedimento. Na última quarta-feira (20) publicou foto em casa ao lado da esposa, Jussara Canali, com um chimarrão em mãos: "Já estou liberado para tomar um mate! Sendo muito bem cuidado pela minha prenda", escreveu.
Adiló segue religiosamente as recomendações médicas, e durante a licença-saúde permanece inacessível em casa. O retorno à prefeitura está marcado para a próxima segunda-feira (2), quando o prefeito deve definir a equipe de transição.
Por enquanto, o núcleo mais próximo de Adiló aguarda pelas orientações de como será a condução dos trabalhos. Nem a coordenadora de campanha e atual chefe de gabinete Grégora dos Passos ou o vice eleito Edson Néspolo, que espera o nascimento do filho para os próximos dias, lidam com planos para a gestão em 2025.
Os presidentes de partidos presentes na coligação vencedora também vigiam a situação na expectativa de negociar o papel das siglas no governo. Para a disputa eleitoral, Adiló manteve a mesma base que atualmente integra a prefeitura — participam da coligação a federação PSDB/Cidadania, PRD, Republicanos, União Brasil e Democracia Cristã.
— Sobre nomes, a gente falou muito pouco. O que nós tratamos é definir as alterações em nível de governo, não de pessoas. Vamos ter corte de secretarias, três devem ser juntadas a outras, mas vamos ter também a criação da secretaria da Zeladoria e um escritório em Brasília. O prefeito voltando nós devemos falar da composição, mas ele diz que deve vir um novo governo. Vou respeitar a hierarquia, mas imagino que em um novo governo deverá ter várias alterações no primeiro escalão — projetou Néspolo.
Boa parte dos integrantes do PSB, que integra o atual governo, apoiou o tucano no segundo turno e, portanto, os socialistas devem seguir com espaço na prefeitura. O MDB, que abriu voto para Adiló após a derrota na primeira etapa, também pode aparecer na composição, mas aguarda o retorno do prefeito para abrir negociações.
— Se o prefeito e o vice nos convidarem para falar, iremos sim — declarou à coluna o presidente municipal emedebista, deputado Carlos Búrigo.