O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Preso na última terça-feira (12), na terceira fase da Operação Capa Dura, o advogado Reginaldo Bidigaray pediu demissão da prefeitura de Porto Alegre. A exoneração, a pedido, foi publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial.
De acordo com o advogado Jader Santos, que representa Bidigaray, o pedido de exoneração havia sido feito há cerca de 30 dias e não tem relação com a operação policial.
— Ele havia pedido essa exoneração para se dedicar um pouco mais à advocacia. Foi oficializada hoje, mas havia sido pedida um mês atrás — afirmou Santos.
Bidigaray atuava em um cargo comissionado (CC) lotado na Procuradoria-Geral do Município. Ele foi detido por suspeita de participação em suposto esquema de fraudes em compras da Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre (Smed).
De acordo com Jader Santos, a defesa pretende ingressar com pedido de revogação da prisão preventiva ainda nesta segunda.
Além de Bidigaray, outro suspeito foi preso e um terceiro, afastado do cargo na prefeitura. Também foram afastados das funções públicas o ex-vereador Alexandre Bobadra (PL), que é policial penal, e o vereador Pablo Melo (MDB). Pablo é filho do prefeito Sebastião Melo, que não é investigado.
A apuração da Polícia Civil começou depois de reportagens dos jornalistas Adriana Irion e Carlos Rollsing, do Grupo de Investigação da RBS (GDI), revelarem o desperdício de materiais escolares adquiridos pela Smed e indícios de direcionamento de compras da pasta.