O candidato Airton Souza (PL) que se classificou para o segundo turno em Canoas e disputará a eleição com Jairo Jorge (PSD) não conseguiu que o Superior Tribunal de Justiça julgasse, antes de 27 de outubro, o recurso em que pede revisão de sentença. Ele foi condenado a perda da função pública e dos direitos políticos, além de ter de devolver R$ 5 milhões aos cofres públicos. O STJ tirou de pauta o recurso de Airton Souza e não tem nova data prevista para o julgamento.
Airton Souza teve o registro da candidatura deferido pela Justiça Eleitoral no Rio Grande do Sul e nenhum dos seus adversários tentou impedi-lo de concorrer no primeiro turno. Foi somente durante a campanha que Jairo Jorge levantou a história da condenação em três instâncias e passou a fustigar o adversário.
No debate da Rádio Gaúcha e em entrevistas posteriores, Jairo acusou o adversário de ser "um condenado da Justiça". Ele se referia a um processo de 2012, em que Airton foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa quando administrava a extinta Companhia de Indústrias Eletroquímicas (CIEL), uma empresa pública ligada à Corsan, por licitação ilegal.
Airton recorreu ao Tribunal de Justiça e a 2ª Câmara Cível manteve a condenação. Recorreu, então, ao Superior Tribunal de Justiça, que por duas vezes não acatou o recurso. O que tramita agora é um terceiro recurso.
Em nota divulgada quando as denúncias foram tornadas públicas, Airton se defendeu acusando Jairo Jorge e Beth Colombo, que concorreu pelo Republicanos, de estarem contando mentiras sobre ele, porque teriam sentido que iriam perder a eleição. Disse que não responde a nenhum processo criminal e que já provou que não houve dolo no caso da licitação pela qual foi condenado por improbidade administrativa.