O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Após 34 anos no PSDB, a ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius pediu desfiliação do partido. A saída foi efetivada há alguns dias e confirmada por Yeda nesta sexta-feira (13).
A ex-governadora encaminhou à coluna uma crônica de cinco páginas em que reflete sobre sua trajetória política e partidária (leia abaixo).
Questionada sobre o motivo da saída, relatou que está assumindo um novo projeto na área da comunicação.
— Para assumir esse novo projeto de comunicação, para mim, requer não ter qualquer outro vínculo para que me sinta com total liberdade de ação e opinião — afirmou.
Presidente estadual do PSDB, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, disse que não pretende se manifestar sobre o caso antes de conversar com Yeda, por quem disse nutrir "admiração e respeito".
Trajetória política
Filiada ao PSDB desde 1990, Yeda Crusius é economista e foi governadora do RS entre 2007 e 2010.
Antes, foi ministra do Planejamento no governo Itamar Franco, em 1993, e cumpriu três mandatos como deputada federal pelo Estado.
Reassumiu mandato na Câmara em 2017, com a eleição de Nelson Marchezan Júnior para a prefeitura de Porto Alegre.
De 2017 a 2023, presidiu por seis anos o PSDB Mulher, segmento feminino do partido.
No mês passado, Yeda foi absolvida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) da ação de improbidade administrativa que tramitava contra ela há quase 17 anos, relacionada à Operação Rodin, que apurou fraudes no Detran-RS.