O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Com foco na reconstrução do Rio Grande do Sul e discurso alinhado à agenda climática, o ex-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) tomou posse na presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) na manhã desta segunda-feira (1º). Ele substitui o catarinense João Paulo Kleinübing, em uma troca que atende a um rodízio entre representantes dos três estados acionistas do banco (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). O ato foi realizado no Palácio Piratini com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), de quem Ranolfo foi vice entre janeiro de 2019 e março de 2022.
Ao tomar posse, Ranolfo afirmou que o banco prepara um programa com linhas de financiamento direcionadas aos segmentos mais impactados pela enchente.
— Se o BRDE já era fundamental antes, agora será muito mais para o fortalecimento não apenas do nosso Estado, mas de toda a região Sul — destacou o ex-governador.
O BRDE está buscando US$ 500 milhões em bancos internacionais para aplicar em investimentos nos próximos anos diretamente nos setores atingidos pela calamidade no RS. Santa Catarina e Paraná devem participar como contra-garantidores do negócio.
Em sua manifestação, Leite enfatizou o apoio do banco a projetos ligados à sustentabilidade e destacou o "papel fundamental" do BRDE para a retomada gaúcha.
Ranolfo está no BRDE desde julho de 2023, atuando até então como vice-presidente e diretor de Operações. Antes disso, o delegado aposentado da Polícia Civil foi vice-governador, secretário da Segurança e governador por 10 meses, entre março e dezembro de 2022, após Leite renunciar ao cargo.