Se depender das direções de PDT e PSB no Rio Grande do Sul, a federação entre os partidos prevista para 2026 sairá do papel já nas eleições municipais de 2024. Nesta segunda-feira (4), deputados e dirigentes das duas legendas almoçaram juntos e reforçaram a intenção de atuar em conjunto nas disputas eleitorais, na Assembleia e na Câmara.
Ficou combinado que o próximo passo será mapear as cidades em que PDT e PSB podem formar coligações para concorrer a prefeito e vice, tema que será discutido em janeiro. É o caso de Porto Alegre, onde o PDT planeja indicar a ex-deputada Juliana Brizola ou o procurador Vieira da Cunha para concorrer à prefeitura, com o PSB escolhendo o vice.
Juliana é favorita à indicação, mas o anúncio formal do nome que irá encabeçar a chapa deve ocorrer somente em março. Até lá, o PDT pretende contratar pesquisas para testar diferentes alternativas.
Além da afinidade ideológica, colabora para a aproximação entre trabalhistas e socialistas o fato de o PT já ter lançado a deputada federal Maria do Rosário à prefeitura de Porto Alegre, enquanto o PSOL definiu a deputada estadual Luciana Genro como pré-candidata. A avaliação é de que a definição dos nomes interditou o debate com outros partidos de centro-esquerda. Por isso, PDT e PSB apostam na moderação do discurso.
— Os extremos já estão fardados e entrando em campo. Nós buscamos a construção de outro espaço, para que se diminua os extremos e o ódio. Precisamos de um movimento da esquerda para o centro — avalia o presidente estadual do PSB, Mário Bruck.
— Estamos buscando ter mais partidos (na aliança) e ofertar à população de Porto Alegre uma linha de centro — complementa Romildo Bolzan Junior, presidente estadual do PDT.