O diretório nacional do PT rejeitou o recurso do vereador Marcelo Sgarbossa, que tentava retornar ao partido. Com isso, o vereador permanece exercendo mandato na Câmara de Porto Alegre sem filiação partidária.
A decisão foi tomada no sábado (9), por seis votos a um, durante reunião da Câmara de Recursos do diretório nacional. No mesmo dia, a secretária nacional de Organização, Sonia Braga, enviou ofício ao diretório estadual do partido comunicando a deliberação (leia abaixo).
Sgarbossa recorreu à instância nacional após ter a filiação rejeitada pela executiva municipal e, depois, pela executiva estadual. Em paralelo, o PT de Porto Alegre ingressou com ação na Justiça Eleitoral para tentar ficar com a cadeira na Câmara.
Sgarbossa era suplente de vereador e assumiu o mandato na Câmara no início deste ano. No entanto, o vereador teve uma passagem pelo PV em 2022, o que motivou a impugnação de sua refiliação ao PT.
Entenda o caso
Duas vezes vereador pelo PT em Porto Alegre, Marcelo Sgarbossa ficou na segunda suplência do partido em 2020. No ano passado, ele deixou o PT e se filiou ao PV, argumentando que foi incentivado por petistas a fazer esse movimento para ajudar a fortalecer a aliança de Edegar Pretto na disputa ao governo do Estado.
Na eleição de 2022, os vereadores titulares Laura Sito e Leonel Radde foram eleitos deputados estaduais, o que abriu vaga para Sgarbossa na Câmara.
Ele retornou ao PT e assumiu o mandato, mas teve a filiação impugnada por Adeli Sell e Everton Gimenis, que são os próximos na lista de suplência do partido. Os dois acusam o vereador de cometer infidelidade partidária por ter passado pelo PV em 2022.
O retorno de Sgarbossa aos quadros do PT foi vetado pela executiva municipal em fevereiro, pela estadual, em março, e pelo diretório nacional, em setembro. Desde o início de março, tramita na Justiça Eleitoral uma ação em que o PT de Porto Alegre tenta retomar a cadeira no Legislativo.