O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Se depender do presidente da Trensurb, Fernando Marroni, os beneficiários do Bolsa Família poderão utilizar o trem sem pagar a tarifa de R$ 4,50. Nesta sexta-feira (28), Marroni apresentou a proposta ao conselho de administração da empresa pública. A iniciativa voltará a ser debatida pelo conselho no final de agosto, e a ideia é que a isenção comece a valer em setembro.
— Essas pessoas não têm R$ 4,50 para circular no trem. A minha proposta é para que o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida da assistência, possa aportar um recurso para transportar o público que recebe o Bolsa Família — explicou Marroni à coluna.
O recurso citado por Marroni entraria para a estatal como "receita extraordinária", segundo ele.
Há um mês no cargo, o presidente da Trensurb vinha articulando a proposta em Brasília desde o início do ano. Marroni já tratou do assunto com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e diz que recebeu sinal verde do governo federal para avançar.
O presidente da estatal afirma que a isenção não irá impactar na tarifa paga pelos demais usuários.
— Estamos transportando 115 mil passageiros por dia e podemos transportar até 200 mil. Isso não teria impacto econômico para a empresa. Eles não andam (de trem) porque não têm como pagar a tarifa. Uma ida e volta é nove reais, não tem condição.
Nas próximas semanas, a Trensurb pretende consultar as prefeituras da Região Metropolitana para verificar quantas pessoas estão vinculadas ao CadÚnico do governo federal. A partir disso, será possível calcular a abrangência do benefício.