O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Após receber um relatório que mostra o crescimento do número de áreas de risco em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo decidiu reforçar a atuação da Defesa Civil municipal. Produzido pelo Serviço Geológico do Brasil, que é vinculado ao Ministério de Minas e Energia, o documento aponta que, desde 2013, aumentou de 119 para 142 o número de áreas de risco na Capital, sendo que 20,8 mil famílias vivem nesses locais.
Diante desses dados, o prefeito resolveu ampliar o quadro de servidores da Defesa Civil, no intuito de reforçar a prevenção a desastres naturais. Em um primeiro momento, estão previstas contratações emergenciais e, na sequência, a abertura de concurso público. O projeto que prevê as contratações imediatas deve ser enviado à Câmara em até 30 dias.
Em paralelo, o prefeito cogita transferir a estrutura, hoje ligada à Secretaria de Segurança, para o escopo de seu gabinete.
No Sábado de Aleluia, Melo visitou a sede da Defesa Civil para conversar sobre as mudanças com o coordenador-geral, coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior e o adjunto, Evandro Lucas.
— Esses casos não se resolvem apenas na Defesa Civil. Vamos levar o assunto ao Ministério das Cidades para ver como eles podem nos ajudar — disse o prefeito.
Nos próximos dias, Melo também pretende solicitar audiência com representantes do Ministério Público e vai ingressar com ações na Justiça para tentar reverter a ocupação de áreas de risco.
— Muitas vezes, as pessoas têm oportunidade de ir para outros lugares, mas se recusam. Não podemos correr o risco de uma tragédia — argumenta Melo.
Novo encontro
O prefeito Sebastião Melo chamou vereadores da base e independentes para mais uma reunião na terça-feira (11), na qual será discutida a concessão do Dmae. Melo está prestes a mandar para a Câmara o projeto que autoriza a concessão.
A ver navios
O prefeito de Porto Alegre planeja anunciar na sexta-feira (14) o novo valor da passagem de ônibus de Porto Alegre. Junto de outros prefeitos de capitais, Melo insistiu por um aporte federal para auxiliar o subsídio do transporte público. Até aqui, os gestores municipais esperam sentados.