O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Depois de 27 anos integrando as fileiras do PP, o advogado Gustavo Paim, ex-vice-prefeito de Porto Alegre, pediu desfiliação do partido. A carta foi entregue pessoalmente por Paim nesta quarta-feira (15) ao presidente do diretório estadual, Celso Bernardi.
Na manifestação, Paim diz que deixa o partido por "razões pessoais e profissionais" e que sai "de cabeça erguida e deixando muitos amigos".
A relação de Paim com o PP, sobretudo o diretório de Porto Alegre, vem se deteriorando desde a eleição de 2020, quando foi candidato a prefeito. No ano passado, ele trabalhou na assessoria jurídica da campanha de Eduardo Leite (PSDB) ao governo do Estado, a despeito da candidatura de Luis Carlos Heinze.
À coluna, o ex-vice-prefeito disse que escolheu o momento atual para se desfiliar justamente para que o movimento não seja atribuído a uma causa específica.
— Não tem uma razão específica para a desfiliação. Não tenho tido mais vida partidária e nem relação com a imensa maioria da turma de Porto Alegre. Hoje não me vejo como alguém que soma ao partido, embora tenha muitos amigos — afirmou.
Sem pretensão de se filiar a outra sigla, Paim pretende intensificar a dedicação à advocacia e ao trabalho como professor universitário.
Leia a carta de desfiliação de Gustavo Paim:
Fim da festa
Para acabar com o festival de moções de apoio ou repúdio na Câmara de Porto Alegre, o vereador João Bosco Vaz (PDT) apresentou um projeto de resolução que impõe um limite: cada parlamentar só poderá apresentar duas moções por ano.
Nos últimos tempos, a Câmara tem se ocupado mais em votar moções, quase sempre a respeito de assuntos no âmbito federal, do que apreciar e discutir propostas de interesse direto do município.
Também é de Bosco a proposta de limitar a criação de frentes parlamentares a uma por vereador a cada semestre. Esse instrumento costuma servir para agradar um grupo ou setor específico, mas raramente produz resultados práticos.