Jornalista formada pela PUCRS, colunista de Política de ZH e apresentadora do programa Gaúcha Atualidade, na Rádio Gaúcha.

Divisão no ninho tucano 
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Ex-governadora Yeda Crusius deve ficar neutra no segundo turno

Presidente do PSDB Mulher ainda lamenta o fato de o partido não ter lançado candidato próprio ao Palácio do Planalto

Bruno Pancot

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Alexssandro Loyola / Divulgação
"Continuo na neutralidade", disse Yeda à coluna

O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço

Apesar de integrar  o PSDB, mesmo partido de Eduardo Leite, a ex-governadora Yeda Crusius deve permanecer neutra até o final do segundo turno tanto na disputa estadual como na eleição presidencial. Presidente do PSDB Mulher, Yeda segue lamentando o fato de o partido não ter lançado candidato próprio ao Palácio do Planalto, mas não se alinha com o o tucano que se classificou para o segundo turno na eleição de governador.

Em novembro de 2021, nas prévias, o PSDB escolheu o ex-governador João Doria para concorrer à Presidência. Enfraquecido dentro do próprio partido e empacado nas pesquisas de intenção de voto, Doria acabou rifado pelos dirigentes tucanos. À época, Yeda foi a única entre os líderes tucanos gaúchos a trabalhar contra Leite.  

— Continuo na neutralidade como agente política. Mais provável que siga assim — disse Yeda à coluna.

Sem Doria e sem Eduardo Leite — que até certa altura dava sinais de que poderia disputar a Presidência —, o PSDB indicou a senadora Mara Gabrilli como vice de Simone Tebet (MDB). A chapa terminou em terceiro lugar, com 4,79% dos votos válidos, atrás de Lula e Jair Bolsonaro.

— Foi um golpe forte para quem defende voto e democracia como sempre fiz que lideranças do PSDB nacional tenham implodido a possibilidade de outra alternativa de escolha. Não apresentamos candidato a presidente nessas eleições, o que levou ao fiasco eleitoral colhido.

Quatro dias após o resultado do primeiro turno, Yeda deixou claro que a neutralidade vale também para a eleição estadual. A ex-governadora ressaltou que o seu "alinhamento é com o centro por uma agenda de políticas públicas que reduzam desigualdade, violência" e que "nenhum dos dois está se comprometendo com qualquer agenda". Questionada pela coluna se estava se referindo à eleição nacional ou estadual, Yeda respondeu "ambas".

Saída de Doria do PSDB

Yeda disse à coluna que não foi surpreendida com a saída de Doria do PSDB, anunciada na quarta-feira (19).

— Nenhuma (surpresa). Foi um ato formal, um registro apenas. Não foi separação, foi divórcio legalmente registrado... Afinal, aquele PSDB constituído conforme manda a lei,  institucional portanto, com fundamento no seu D de democracia, não encontrou eco nas decisões de 2022. Descolou...


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