O fim da exigência do uso de máscaras de proteção facial ao ar livre no Rio Grande do Sul é o típico caso em que se editará um decreto para regulamentar o que já é prática corrente. Desde meados de 2021, o uso de máscara em locais abertos é opcional: usa quem acha que assim estará mais protegido e que protegerá quem cruza seu caminho. Como desde o início ficou estabelecido que caberia às prefeituras a fiscalização, o decreto sempre foi apenas uma referência. Não se tem notícia de alguém que tenha sido multado por andar com a máscara no queixo, no bolso ou pendurada no pescoço.
Também as prefeituras, como é o caso de Porto Alegre, estão tomando decisões políticas. Liberam a máscara obrigatória, sem que isso signifique qualquer mudança na vida real dos cidadãos. Na verdade, estão abrindo caminho para acabar com a exigência em locais fechados, o que é bem mais delicado e, segundo os médicos, perigoso.
Daí para a liberação geral é um passo, e será preciso esperar alguns dias para saber se a medida foi adotada na hora certa ou se houve precipitação.
Tome-se o caso das escolas. Ainda que todos os professores estejam vacinados e a maioria já com a dose de reforço, o mesmo não ocorre com os estudantes. Mesmo dentre os maiores de cinco anos, nem todos estão com o esquema vacinal completo.
Para cumprir a lei, bares e restaurantes têm exigido que se entre de máscara, mas o acessório é retirado antes mesmo de o cliente fazer o pedido.
Nos Estados Unidos, onde o governador Eduardo Leite esteve na última semana, a máscara segue exigida em locais fechados, mas em boa parte dos bares e restaurantes usa quem quer, sobretudo no Texas, que sempre foi um dos Estados mais resistentes às medidas sanitárias. Nos hotéis que oferecem café da manhã, ainda é preciso usar máscara e luva para servir o prato no bufê.
Nos aviões, sim, a exigência segue valendo e é fiscalizada. No voo 995 da American Airlines que saiu de Miami na segunda-feira, lotado de brasileiros, os comissários passaram boa parte da noite alertando que os passageiros deveriam usar máscara o tempo todo, cobrindo o nariz e a boca.
Só que, diferentemente dos voos locais, que não servem nem os salgadinhos de antes da pandemia, a pretexto de evitar contaminação, nos domésticos o passageiro recebe alguma coisa para mastigar e pode ficar sem máscara o tempo necessário para consumir águam suco ou refrigerante. Nos voos internacionais com duração de mais de oito horas são servidas duas refeições, e os passageiros espremidos na classe econômica tiram as máscaras ao mesmo tempo para comer.
Aliás
Embora nenhum passageiro possa embarcar para os Estados Unidos (ou de lá para o Brasil) sem apresentar o teste negativo de covid-19 no aeroporto, o documento é exigido também na imigração, junto com o comprovante de vacinação, exceto para os poucos que integram a lista de exceções.
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