Mais um partido entrou na disputa pelo passe da ex-senadora Ana Amélia Lemos (PP): o União Brasil, resultado da fusão entre o DEM e o PSL. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto, um dos líderes do novo partido, telefonou para ela no sábado. Ana Amélia estava "no fundo da grota”, no sítio da irmã Ruth Bussoloto, em Lagoa Vermelha. O neto de Antônio Carlos Magalhães pediu para marcar um encontro nos próximos dias, em Brasília. O convite deverá vir acompanhado de um compromisso de oferecer a ela a vaga de candidata ao Senado.
O PSD, que convidou primeiro, ainda acredita que será o escolhido. Ana Amélia também recebeu convite formal do PSDB. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, oficializou o convite em um almoço na sede do partido, em Brasília, com a presença de três senadores — Antonio Anastasia (MG), Otto Alencar (BA) e Nelsinho Trad (MS — o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e o prefeito de Canoas, Jairo Jorge,
O PSDB também oficializou o convite em um encontro com a presença do governador Eduardo Leite, do presidente do partido no Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, e do chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
— Preciso avaliar bem os cenários antes de tomar uma decisão — diz Ana Amélia, que deseja concorrer ao Senado em 2022, mas sabe que o PP oferecerá a vaga a um partido aliado em troca do apoio à candidatura do senador Luis Carlos Heinze a governador.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de quem Ana Amélia foi vice na disputa presidencial de 2018, poderá vir a ser seu companheiro de partido. Ele está de saída do PSDB e foi convidado por Kassab para disputar o governo de São Paulo pelo PSD, mas ACM Neto também tenta atraí-lo para o União Brasil.