Jornalista formada pela PUCRS, colunista de Política de ZH e apresentadora do programa Gaúcha Atualidade, na Rádio Gaúcha.

Falta de interesse
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Feira do Livro de Porto Alegre não terá apoio financeiro da Câmara de Vereadores

 Somente seis parlamentares manifestaram interesse em participar da programação

Rosane de Oliveira

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Para surpresa de ninguém, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre não vai retomar o patrocínio da Feira do Livro. Bem que o presidente Márcio Bins Ely (PDT) tentou, negociando com a Câmara Riograndense do Livro uma redução o valor de locação do estande, mas a maioria dos vereadores não demonstrou interesse em investir R$ 49.130,00 no evento, que será híbrido neste ano.  

Durante seis anos, a Câmara foi uma apoiadora tradicional da Feira do Livro.  Há cerca de cinco anos, por motivos de contenção orçamentária, suspendeu a participação. A tentativa de retomar o apoio nesta edição naufragou na reunião da Mesa Diretora. 

Bins Ely, que se define como um fervoroso defensor da atividade cultural, fez uma consulta aos vereadores, no início de outubro, para que manifestassem interesse em participar de eventos no estante de 14 metros quadrados oferecido pela Câmara Riograndense do Livro, já que se trata de atividade institucional a ser avaliada pelo Tribunal de Contas. 

De acordo com o diretor de cursos da Escola do Legislativo, Jorge Barcellos, o edital previu uma carga horária mínima de ocupação do estande com programação para justificar seu investimento, mas o número mínimo não foi atingido. Além de Bins Ely, somente cinco vereadores se inscreveram - Lourdes Sprenger (MDB), Nádia Gerhard (DEM), Matheus Gomes (PSOL), Daiana Santos (PCdoB) e Bruna Rodrigues(PCdoB) - além de dois servidores (Rafael Medina e Luiz Moro). 

Chegou-se a um total de 35 horas de programação, para um total oferecido de 119 horas. Isso significa que o estande ficaria ocioso em 70,59% do tempo. O edital previa que a participação seria avaliada pela Mesa se a ocupação chegasse a 59,5 horas, para justificar o investimento. 

O outro argumento foi o da representatividade do Legislativo, que tem 18 partidos, mas somente cinco estariam presentes, representados pelos seis  vereadores. Como 84% dos vereadores ficariam de fora, a Mesa entendeu que haveria risco de apontamento pelo Tribunal de Contas, por subaproveitamento do espaço. 

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