Com a volta do governador Eduardo Leite ao Brasil, o vice, delegado Ranolfo Vieira Júnior concluiu nesta segunda-feira (11) o período de nove dias de interinidade. Repetiu na viagem de Leite à Europa o que se tornou sua marca em todas as substituições eventuais: discrição e continuidade do trabalho. O estilo Ranolfo dá a Leite a certeza de que, se vencer a prévia do PSDB e deixar o Piratini para ser candidato à Presidência, o vice não tentará reinventar a roda.
Ranolfo conhece todas as peças da máquina pública porque, mesmo acumulando a Secretaria de Segurança Pública, participa das principais decisões do governo e segue fielmente o programa de gestão.
Em nove dias, Ranolfo participou de pelo menos 30 reuniões e agendas cheias por dois dias em Caxias do Sul e Pelotas, terra do governador. Coube ao interino fazer o anúncio de recursos para obras em estradas no Interior.
Recém-filiado ao PSDB, Ranolfo é cotado para concorrer a governador, mas diz que seu foco atual está nos desafios do mandato conquistado ao lado de Leite. Garante, porém, que está preparado para defender o governo na campanha de 2022:
— Acompanho todos os projetos em andamento e participo das decisões mais importantes. Ingressei no partido com a intenção de contribuir e estou pronto para todos os desafios.
PT nega ordem para atacar Leite
A propósito da menção da coluna à informação do jornalista Lauro Jardim, de que o ex-presidente Lula orientou o PT gaúcho a ser mais duro nas críticas ao governador Eduardo Leite, o deputado estadual Pepe Vargas garante:
— Nenhum deputado estadual, federal ou dirigente do PT-RS recebeu este suposto pedido do Lula para intensificar oposição ao Leite. O PT, ao longo da história, votou a favor ou contra projetos de lei dos governos, quando na oposição, por análise do mérito.
Quanto às vacinas, diz Pepe:
— O Butantan está concluindo a entrega do contratado pela União e já fechou contratos com cinco Estados da federação. O RS não deu sequência em função da disputa entre Doria e Leite? Com a palavra o governador.
Como não há falta de vacinas e o Ministério da Saúde garante o fornecimento em 2022, o mais lógico seria aplicar os recursos em hospitais e postos de saúde.