O ex-governador Tarso Genro (PT) revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que ele volte a concorrer a governador em 2022. Tarso, no entanto, disse que não se considera o "melhor candidato" para unir os partidos de esquerda e centro-esquerda em uma candidatura.
As declarações de Tarso foram dadas na terça-feira (31) ao programa Conexões Esquina Democrática, transmitido por rádios de Cruz Alta. Questionado por um dos âncoras se aceitaria uma solicitação de Lula para concorrer, o ex-governador contou que já recebeu o pedido:
— O Lula já me pediu isso. Tenho conversado com ele eventualmente sobre isso. Mas eu pretendo mais, tarde, inclusive, no começo do ano que vem ou a hora em que ele achar oportuno, conversar com ele sobre isso de maneira detalhada.
Em seguida, o ex-governador disse que não se considera o melhor nome para a construção de uma "unidade frentista" que reúna siglas de esquerda. Tarso lembrou que o PDT e o PSB, que fizeram parte de sua gestão, saíram do governo e apoiaram o opositor, José Ivo Sartori, em 2014.
— A prevenção que eles tiveram comigo naquele momento eu tenho com eles. Mas é uma prevenção que está relacionada com a minha pessoa, não com as minhas ideias nem com meu partido. Queria contribuir para que esses partidos estivessem juntos: PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL, com um candidato que os unificasse. E tenho certeza que esse candidato não sou eu — declarou.
Tarso ponderou também que, embora esteja apresentando o nome do deputado Edegar Pretto como pré-candidato, o PT deve dialogar com outros partidos com a intenção de encontrar um nome de consenso.
— Estamos vivendo uma situação emergencial, onde nós temos na Presidência da República um cidadão que foi expulso do exército nacional, hoje é o comandante supremo das Forças Armadas e quer dar um golpe de Estado. Temos que fazer essa união no Rio Grande do Sul para ser um local de bloqueio do golpe, como foi o (Leonel) Brizola em 1961 (na Campanha da Legalidade), apenas para dar um exemplo.
Assista ao trecho da entrevista:
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