O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Opositor do ex-prefeito Nelson Marchezan e do atual, Sebastião Melo, o vereador Roberto Robaina (PSOL) apresentou na Câmara Municipal um projeto de lei que ressuscita uma proposta de Marchezan para financiar o transporte público de Porto Alegre. Robaina propõe a criação da Taxa de Mobilidade Urbana (TMU), uma das iniciativas previstas no pacote apresentado pelo tucano no início do ano passado.
Em linhas gerais, a proposta prevê que, ao invés de comprarem o vale-transporte (custo médio mensal aproximado de R$ 240 por funcionários), as empresas passariam a pagar um valor mensal de cerca de R$ 116. A diferença é que o pagamento incidiria sobre todos os empregados de carteira assinada, não apenas sobre os que usam o transporte coletivo. Pelo modelo, todos os trabalhadores dessas empresas teriam o passe livre.
Apesar da rejeição ao restante do pacote, os vereadores do PSOL foram os únicos a votar a favor da TMU proposta por Marchezan em dezembro. Votado em fim de mandato, o projeto foi a plenário sem qualquer perspectiva de aprovação.
De acordo com Robaina, a aplicação da proposta seria suficiente para garantir sustentabilidade ao transporte da Capital, reduzindo o valor da passagem para R$ 2,00. O vereador lembrou que manifestou apoio à ideia desde que Marchezan a apresentou na Câmara, e está disposto a dialogar com o governo Melo para emplacar a proposta.
— Quero propor esse debate. Já estou marcando uma reunião com o presidente da EPTC para discutir o projeto — adianta Robaina.
O vereador garante que aceita contribuições à ideia e admite que, se não houver apoio da prefeitura, dificilmente a proposta será aprovada na Câmara, visto que a base de apoio de Melo na Casa é majoritária.
Em dezembro, antes de tomar posse, o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, manifestou simpatia à iniciativa, em entrevista ao colunista Paulo Germano.
— Aquela Taxa de Mobilidade Urbana era uma ideia muito boa. Mas ela ainda precisa ser exaustivamente discutida. Marchezan, infelizmente, não conseguiu construir um ambiente para esse debate — disse Záchia, na ocasião.
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