O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço

Com o projeto de concorrer a deputado federal em 2022, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati deixou o PTB e ingressou no PROS. O ex-prefeito assinou ficha no novo partido nesta terça-feira (24) e assumiu a presidência estadual da sigla, além de nomear novos integrantes da comissão provisória. 

Antes de se filiar, o ex-prefeito esteve em Brasília e conversou com o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, e recebeu carta branca para organizar o partido no Estado. Segundo ele, já estão sendo montadas 50 comissões provisórias do partido em cidades que representam 60% da população gaúcha. 

 — Quero voltar aos velhos tempos em que ajudei a construir um partido e resolvi topar essa parada — disse Fortunati, que tem 65 anos e foi um dos fundadores do PT na década de 1980. 

Esposa do ex-prefeito, a secretária estadual do Trabalho e Assistência Social, Regina Becker, permanecerá no PTB e deve concorrer a deputada estadual em 2022. 

Até então presidente do partido no Estado, o deputado Rodrigo Maroni, desafeto do casal, foi removido da direção partidária. Segundo Fortunati, não há intenção de se aproximar do agora correligionário: 

— Nossa relação vai continuar como sempre esteve: distante. Não esqueci as agressões feitas a mim e a Regina. 

Maroni disse à coluna que foi o responsável por convidar Fortunati para se filiar ao PROS e que Regina também migrará ao partido, mas as duas informações foram desmentidas pelo ex-prefeito. 

Fortunati chegou a receber convite do Podemos, mas se afastou do partido depois das especulações sobre uma eventual migração do deputado federal Maurício Dziedricki (PTB).   Dziedricki será candidato à reeleição em 2022 e ambos têm base eleitoral na Capital. 

Fortunati já foi vereador, deputado estadual e federal, vice-prefeito e prefeito de Porto Alegre. Em 2020, concorreu novamente a prefeito e renunciou na semana do primeiro turno, após o indeferimento do candidato a vice pela Justiça Eleitoral. Além do PT, e do PTB, já passou por PDT e PSB. 

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