Bons nomes para montar um secretariado de luxo em Porto Alegre não faltam. O problema é o baixo salário, que torna impossível competir com a iniciativa privada. Resta ao prefeito eleito Sebastião Melo e ao vice, Ricardo Gomes, apelar para o espírito público e tentar convencer potenciais secretários usando como argumento o desafio de fazer a diferença.
O salário de secretário em Porto Alegre é de R$ 12.984,93. Pode parecer razoável para a média dos brasileiros, mas é nada para um executivo de primeira linha.
Para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por exemplo, um dos nomes cogitados é o de Gustavo Ene, secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e do Ministério da Economia. Gustavo é muito próximo de Gomes. Os dois foram colegas no Instituto de Estudos Empresariais.
Outro que teria lugar certo no secretariado, se estiver disposto a perder dinheiro, é Paulo Uebel, que foi secretário especial de Desburocratização no governo de Jair Bolsonaro e pediu demissão frustrado com o ritmo lento das reformas. Quando deixou o governo, Uebel decidiu voltar para a iniciativa privada.
Caso Melo e Gomes convidem para o cargo de secretário um servidor de qualquer outro poder, este terá 70% do subsídio de secretário acrescido à remuneração do órgão de origem.
Fogaça ou Fogaça
A promessa de Sebastião Melo de não só manter, como valorizar a Secretaria da Cultura, sugere que ela não será colocada na “bacia das almas” do loteamento político. Dois nomes da mesma família e historicamente ligados ao MDB teriam o aplauso do setor: o compositor José Fogaça, ex-prefeito, e a cantora Isabela Fogaça, ex-primeira-dama.
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