O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Na sessão plenária realizada nesta terça-feira (8), a Assembleia Legislativa aprovou, por 37 votos a 11, a indicação do economista Alexandre Alves Porsse para a vaga de conselheiro da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). A indicação sofreu contestações por parte de alguns deputados, que questionaram o fato de o novo conselheiro residir no Estado do Paraná.
A indicação do economista, que é professor do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná, partiu do governo do Estado. A Agergs é a agência reguladora responsável por fiscalizar os serviços concedidos pelo Estado, como saneamento, energia elétrica e transporte intermunicipal.
Antes de ir ao plenário, o nome de Porsse foi aprovado pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos (CSSP). Em sabatina na comissão, ele declarou que permanecerá residindo no Paraná.
O fato de Porsse não morar no Rio Grande do Sul gerou descontentamento entre deputados de oposição e do governo. Presidente da CSSP, o deputado Jeferson Fernandes (PT) disse que o fato motivou o voto contrário da bancada do partido.
— Vivemos um momento difícil para os serviços públicos e é inconcebível que um conselheiro em outro estado consiga garantir eficiência — afirmou.
Além dos sete deputados do PT presentes, Luciana Genro (PSOL) e Luiz Marenco (PDT) votaram contra a indicação.
Entre os governistas, foram contrários os deputados Elton Weber (PSB) e Pedro Pereira (PSDB). Durante a discussão do projeto, Weber afirmou que a indicação de uma pessoa que não reside no Estado para um cargo na Agergs é "lamentável".
— Quem trabalhar em um cargo desses tem que estar aqui presente para eventuais atividades que possam vir a ser enfrentadas, inclusive presencialmente, se assim for importante.
Em contraponto, o deputado Fábio Ostermann (Novo), que integra uma bancada independente, disse que acompanhou a oitiva do economista, defendeu a indicação e classificou Porsse como um "quadro qualificado":
— Acredito que uma questão sobre se o cidadão indicado vai morar aqui ou acolá não deva ser a questão central, mas sim suas aptidões e sua capacidade de exercer adequadamente sua função junto à Agergs.
Nascido no Paraná, Porsse tem família no Rio Grande do Sul e veio ao Estado em 2000 para cursar doutorado na UFRGS. Depois disso, trabalhou na extinta Fundação de Economia e Estatística (FEE) e integrou o governo de Yeda Crusius como membro da Secretaria da Fazenda e secretário-adjunto do Planejamento e Gestão.
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