Por unanimidade (sete votos a zero), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reformou a sentença em que a ex-vice-prefeita de Canoas Beth Colombo (Republicanos) havia sido condenada e se tornado inelegível por oito anos. A origem da ação é o episódio em que a Polícia Federal apreendeu R$ 500 mil em seu comitê de campanha à prefeitura de Canoas, em 201, e na casa do então tesoureiro Guilherme Ortiz.
O advogado Roger Fischer, que defendeu Beth no TRE, em conjunto com outros escritórios, diz que ficou provado que a então candidata não tinha conhecimento da existência do dinheiro apreendido, nem responsabilidade pelo fato. Foi mantida a condenação do então tesoureiro de campanha, Guilherme Ortiz, em cuja mochila foi encontrada parte do dinheiro.
Às vésperas da eleição de 2016, a Polícia Federal deflagrou a Operação Suffragium e apreendeu R$ 500 mil no comitê de Beth Colombo.
Ortiz era um dos funcionários que estavam no comitê da coligação no momento da ação. Segundo a Polícia Federal, foram encontrados R$ 176,7 mil em dinheiro e R$ 50 mil em cheque em uma mochila que seria de Ortiz e mais R$ 300 mil na residência dele.
O tesoureiro foi conduzido coercitivamente à sede da PF em Porto Alegre, onde preferiu ficar em silêncio e não esclareceu a origem do dinheiro apreendido na ação.