A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, decidiu não utilizar a brecha aberta pelo decreto do governador Eduardo Leite para flexibilizar as restrições à atividade econômica e estendeu por mais uma semana o fechamento do comércio. O principal motivo da cautela é o fato de a rede hospitalar ainda não estar preparada para um eventual aumento da demanda.
Em entrevista coletiva online, na manhã desta quinta-feira (16), Paula detalhou a evolução do coronavírus no município, com base em estudos realizados pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas. Nos próximos sete dias, a prefeita pretende conversar com cada segmento do comércio e dos serviços, para depois passar para a fase de isolamento controlado, com lenta e gradual retomada de algumas atividades econômicas.
Hoje, Pelotas tem 11 leitos de UTI exclusivos para pacientes da covid-19, sendo cinco do SUS e seis para particulares e convênios. Até o final da semana, devem estar prontos mais 11, instalados na UPA transformada em Centro de Atendimento a Síndromes Gripais.
Um hospital de campanha, com 159 leitos de enfermaria, está sendo montado no ginásio do Sesi, em Pelotas, mas a prefeita ainda aguarda por insumos que devem ser entregues até o final do mês.
Em 30 dias, acredita a prefeita, Pelotas terá um total de 57 leitos de UTI (51 SUS e seis privados) para atender pacientes de coronavírus. O Ministério da Saúde prometeu mandar 20 respiradores.
— Estamos correndo contra o tempo. Precisamos preparar a cidade para atender ao provável aumento dos casos — disse a prefeita à coluna.