O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Formalizada pelo partido na convenção do ano passado, a pré-candidatura do deputado estadual Thiago Duarte (DEM) a prefeito de Porto Alegre tem tudo para morrer na casca. Os líderes da legenda no Estado e na Capital não admitem publicamente mas, em conversas reservadas, reconhecem que não há chances de ratificar o nome do ex-vereador para concorrer em outubro.
Além das duras e frequentes críticas à gestão de Nelson Marchezan, da qual o partido faz parte, com indicações para o segundo e terceiro escalão, Thiago gera incômodo nos correligionários ao defender sistematicamente os benefícios do funcionalismo público no Estado e no município.
A proximidade com deputados de oposição e o posicionamento distante da bancada na Assembleia também descredenciam o deputado a pleitear a candidatura.
Disposto a retomar a identidade de um partido identificado com o conservadorismo e com o liberalismo econômico, o DEM deve ter um candidato que defenda essas bandeiras ou apoiar um nome de direita ou centro-direita na eleição de Porto Alegre. A manutenção da aliança com Marchezan não está descartada.
Procurado pela coluna, Thiago não deu retorno.