Quem nunca ouviu falar da sueca Greta Thunberg mais dia menos dia vai saber quem é essa menina sueca de 16 anos, forte candidata ao Prêmio Nobel da Paz. A adolescente de trancinhas, que apareceu em 2018 em frente ao parlamento sueco em um protesto solitário contra as ações que provocam o aquecimento global, está na origem das manifestações que reuniram milhares de pessoas em diferentes pontos do planeta na sexta-feira, na chamada greve global pelo clima.
Greta está em Nova York para a Conferência Mundial do Clima. De lá, acompanhou as manifestações pelo mundo na sexta-feira, republicando imagens dos protestos.
Greta conseguiu o que muitos cientistas renomados vêm tentando em vão nos últimos anos: chamar a atenção de crianças, adolescentes e adultos para os riscos de colapso dos recursos naturais e de implosão do planeta Terra.
A turma que não acredita no aquecimento global torce o nariz para a menina sueca, considerada uma xiita do ambientalismo. Aqueles que acham que escola não é lugar para discutir política (sim, proteção ao meio ambiente é política) abominam o comportamento de Greta, que incita outras crianças a faltarem às aulas para protestar contra os poluidores mundiais. Eu gostaria de assistir à multiplicação de adolescentes preocupados com o futuro do planeta, constrangendo essa gente que desmata, queima e polui em nome do desenvolvimento econômico.
Eu e você, que nunca seremos chamados a falar para líderes mundiais na ONU ou no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, podemos fazer muito pelo planeta. Não precisamos nem sair às ruas segurando cartazes contra as queimadas na Amazônia ou no Pantanal. Podemos dar nossa contribuição em pequenos atos, como separar o lixo de forma adequada, evitar o uso indiscriminado de produtos descartáveis (copos e canudos, por exemplo) que vão parar nos oceanos ameaçando a vida marinha, plantar árvores, andar mais a pé, de bicicleta ou de transporte coletivo, tomar banhos menos demorados, não escovar os dentes com a torneira aberta, economizar energia, boicotar empresas poluidoras.
Que tal juntar tampinhas de garrafa pet e doar a uma instituição que encaminha para a reciclagem? Eu recolho tampinhas em casa, no trabalho e nos restaurantes e doo para o Instituto do Câncer Infantil.
