Adepto dos factoides para chamar atenção, o deputado estadual Rodrigo Maroni (Podemos) casou-se na tarde desta quarta-feira (10) com a defensora pública Isabel Wexel, em cerimônia ao ar livre, na Praça da Matriz. Maroni pretendia realizar o enlace na sede simbólica do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), nos fundos da Assembleia Legislativa, mas foi informado de que o regimento não permite esse tipo de festa no Palácio Farroupilha. Os convites já haviam sido distribuídos quando veio a contraordem.
O chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e deputados de diferentes partidos prestigiaram o casamento de Maroni, que tornou-se conhecido em 2012, concorrendo a vereador pelo PC do B com a credencial de noivo da então deputada Manuela D'Ávila. Ficou na suplência e o namoro terminou logo depois da eleição. Em 2016, Maroni surpreendeu líderes de organizações de defesa dos animais, apresentando-se na campanha como defensor da causa, e foi eleito pelo Partido da República (PR).
Depois de passar por PT, PSOL, PC do B e PR, Maroni filiou-se ao Podemos e concorreu a deputado estadual em 2018, sempre se apresentando com a bandeira da defesa dos animais, e foi eleito com 26.449 votos. No dia da diplomação, entrou na Casa da Música da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre com dois cachorros. No dia da posse, na hora de fazer o juramento, sacou um gatinho do bolso interno do paletó.
Na Assembleia, sua atuação tem se caracterizado por discursos agressivos, recheados de palavrões, que já renderam censura verbal do presidente da Assembleia, Luís Augusto Lara (PTB), reclamações dos colegas e ordem para retirar dos anais expressões consideradas ofensivas ao regimento interno.
No casamento, Maroni levou uma cachorra da raça bulldog como mascote.