Após saída conturbada do PSL em dezembro passado, a empresária Carmen Flores se filiará ao Democratas (DEM) e deve se tornar presidente da legenda no Rio Grande do Sul em março. Em 2018, Carmen liderou o PSL ao mesmo tempo em que se colocou à disposição para concorrer ao Senado, terminando a disputa em quarto lugar. Ela continua apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Entre os motivos que a fizeram sair do PSL, está a briga interna pela direção da sigla, que passou a ser comandada pelo deputado Luciano Zucco.
Como presidente do DEM, Carmen pretende aumentar o tamanho do partido no Estado, atraindo mais filiados. Segundo ela, não está nos planos concorrer a vereadora ou a prefeita de Porto Alegre em 2020, embora tenha compartilhado em seu perfil no Facebook enquete em que aparece liderando possível disputa.
Hoje, o ministro Onyx Lorenzoni é o presidente do DEM no Rio Grande do Sul e o responsável por alçar Carmen à presidência do PSL no ano passado. Onyx havia sido atendido pela cúpula do PSL nacional devido à sua proximidade com Bolsonaro. Foi o próprio chefe da Casa Civil que convidou a empresária para entrar no DEM. Se depender dela, Onyx será candidato ao governo do Estado em 2022.
Conforme a empresária, o presidente Jair Bolsonaro deseja criar um novo partido e, então, sair do PSL. É a mesma pretensão que tem o filho dele, Eduardo, que já trata do assunto nos bastidores. De acordo com o site O Antagonista, o deputado federal "voltou dos Estados Unidos com uma missão de Steve Bannon: criar um 'partido de direita moderno'. 'Vai além do governo de Jair Bolsonaro. É um projeto de futuro', diz um interlocutor".
Carmen Flores avalia que seria possível, nos próximos anos, fundir o DEM com essa nova legenda que Bolsonaro deseja criar.