Até agora, a campanha de Eduardo Leite arrecadou R$ 2,3 milhões a mais do que a do governador José Ivo Sartori. Pelo balanço parcial publicado no site do Tribunal Superior Eleitoral, o tucano recebeu R$ 5.451.366,63 e o governador, R$ 3.116.121,92.
Sartori foi prejudicado pela resolução do MDB nacional, que decidiu concentrar os recursos do fundo eleitoral nas mãos de figurões como Eunício Oliveira e Romero Jucá, que acabaram não sendo eleitos.
Os maiores doadores do tucano foram os partidos – seu e de sua coligação. O PSDB doou R$ 3,5 milhões, o PTB entrou com R$ 269 mil e o PP contribuiu com R$ 175 mil. De pessoas físicas, o ex-prefeito de Pelotas recebeu R$ 1,4 milhão.
Já Sartori recebeu apenas R$ 660 mil do fundo partidário do MDB estadual. Nenhum outro partido da coligação doou para a disputa. O segundo maior doador foi a campanha de José Fogaça, que repassou R$ 262 mil da parte que lhe coube do fundo eleitoral. De pessoas físicas, o governador recebeu cerca de R$ 2 milhões.
Sartori não foi o único prejudicado pela estratégia do MDB nacional. O partido tem apenas três candidatos concorrendo a governos estaduais no segundo turno. Ibaneis Rocha, candidato no Distrito Federal, pagou R$ 3,4 milhões à própria campanha e não recebeu verba do partido. Helder Barbalho, no Pará, foi bancado pela direção regional.
O dinheiro dos fundos eleitoral e partidário foi destinado a figurões do partido com ou sem mandato e, segundo um dirigente, “não sobrou nada” para a segunda etapa da eleição.