Para custear o programa de demissões incentivadas (PDI) na Companhia Riograndense de Mineração (CRM), o governo do Estado deve aportar cerca de R$ 25 milhões nos cofres da estatal. A medida foi autorizada em publicação no Diário Oficial desta quarta-feira (10). O aporte, porém, não tem data para ocorrer.
O programa será colocado em prática para que a companhia possa se adequar ao único contrato ativo que tem – o da CGTEE. Dos cerca de 400 funcionários, 80 devem aderir. Segundo o diretor-presidente Edivilson Meurer Brum, 90% desses 80 já são aposentados pelo INSS e continuam trabalhando. Se forem demitidos, a economia será de R$ 1 milhão por mês para a CRM. Hoje, são 400 servidores celetistas ativos.
A companhia está entre as estatais que o governo Sartori quer privatizar. A proposta de emenda à Constituição de dispensa do plebiscito deve ser votada na convocação extraordinária. Um programa de demissão incentivada torna a empresa mais atraente na hora de vender. Se a PEC for aprovada, a tendência é de que o aporte seja feito antes de a estatal ser negociada com a iniciativa privada ou com o governo federal.
Na mesma publicação em que autoriza o aporte, o governo também aumentou o capital social que tem na CRM em até R$ 150 milhões. A medida seria uma oficialização do que a companhia já absorveu dos dividendos não repassados ao Estado nos últimos anos.