Por 367 votos a 226, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) foi eleita no sábado a primeira mulher presidente do Partido dos Trabalhadores. Ela concorria com o colega de Senado Lindbergh Farias (RJ), representante do movimento Muda PT. Figuras importantes do partido no Rio Grande do Sul, como os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, defendiam a candidatura de Lindbergh.
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A sucessora de Rui Falcão tem o apoio da corrente Construindo um Novo Brasil, liderada pelo ex-presidente Lula. Gleisi é ré na Operação Lava-Jato, acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É também citada por três delatores da Odebrecht. A senadora responde a outro inquérito que apura o envolvimento dela em irregularidades em contratos do Ministério do Planejamento com empresa administradora de empréstimos consignados.
A nova presidente do PT prometeu reaproximação com os movimentos sociais. Em seu discurso para a militância, deixou de lado a autocrítica:
– Não vamos ficar apontando nossos erros para que a burguesia e a direita se aproveitem disso. Nós reconhecemos nossos erros na prática (...). Mas não teve, na história de 500 anos de país, governos melhores do que os do PT.