A escolha de Carlos Búrigo, Cezar Schirmer e Cléber Benvegnú para a recém- criada coordenação de governo revela uma mudança no jogo de forças no Piratini. Acima dos três estão Sartori e o vice, José Paulo Cairoli, que há meses alerta para a necessidade de eliminar os atritos internos.
Com a ascensão do trio CCC, dois homens fortes do início do governo de José Ivo Sartori e que ultimamente viviam às turras perdem poder: Márcio Biolchi, chefe da Casa Civil, e Giovani Feltes, secretário da Fazenda. Feltes e Biolchi são deputados federais e podem reassumir seus mandatos no momento em que desejarem.
Dos três secretários que ganharam mais visibilidade, dois são velhos amigos de Sartori. Schirmer é do tempo do MDB. Os dois foram colegas de Assembleia e de Câmara dos Deputados. Búrigo veio da prefeitura de Caxias como braço direito do governador. A novidade é Benvegnú. Nos últimos meses, o jornalista vem exercendo um papel moderador. Especializou-se em apagar incêndios nas brigas internas e conquistou o posto de porta-voz.
Com a sucessão deflagrada pelo PMDB, que defendeu a reeleição na convenção de sábado, e precisando de votos para aprovar o pacote que está na Assembleia, sem poder contar com o PDT, Sartori decidiu que era hora de remontar o time.