Por excesso de faltas, o deputado Mario Jardel (PSD) pode responder a mais um processo ético na Assembleia Legislativa. Conforme os cálculos da procuradoria-geral da Casa, o ex-jogador não apareceu em 10 sessões ordinárias seguidas de votação. As faltas já foram repassadas à Comissão de Ética, que deverá delegar ao corregedor-deputado, Marlon Santos (PDT), um parecer sobre a continuidade do processo.
Se a irregularidade for reconhecida pelos colegas em plenário, Jardel poderá ser suspenso de suas atividades ou advertido, apenas. O regimento da Assembleia não prevê cassação para esse tipo de ocorrência.
O deputado pode apresentar justificativa para as faltas, mas a entrega do documento não impede a tramitação do processo ético. Segundo o advogado de Jardel, Rogério Bassotto, o parlamentar está em Fortaleza cuidando da avó, que estaria doente. Nenhum pedido de afastamento foi feito à mesa diretora da Casa.
Segundo processo na Assembleia
Esse pode ser o segundo processo aberto na Assembleia contra Jardel, já acusado de quebra de decoro. A subcomissão processante da Comissão de Ética ainda tenta encontrar o deputado para intimá-lo nesse episódio. Funcionários do Legislativo foram até a residência dele, mas não o encontraram. O chamamento de Jardel à Comissão de Ética também foi publicado em jornais de grande circulação no Rio Grande do Sul e no Recife. Nesta semana, nem Bassotto conseguiu contato com o cliente.
Em cumprimento de decisão judicial, os deputados decidiram há mais de um mês recomeçar o processo e ouvir o deputado, que não testemunhou na primeira fase da tramitação. Segundo desembargadores do Tribunal de Justiça do RS, ele não teve o direito à ampla defesa.