A resposta curta e exata para a pergunta do título é: não se sabe. Mas é possível estipular algumas hipóteses, baseado na experiência e na abertura das urnas.
Um dos pontos que torna difícil prever o horário do resultado é que cada um dos Estados americanos tem um método de apuração diferente. Como se sabe, não há um órgão único que contabiliza os votos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro, por exemplo. Assim, em algumas unidades federativas, a apuração é rápida, com urnas eletrônicas, em outras o voto é no papel — e, para complicar, ainda há os votos pelo correio. Esses últimos, por exemplo, em geral só são contabilizados depois de contados os votos presenciais.
O mais provável é que no início da madrugada desta quarta-feira (6) pelo horário de Brasília, tenhamos um bom cenário da situação, tanto do ponto de vista de vencedores em alguns dos sete Estados-chaves, quanto do risco de judicialização.
Na eleição de 2016, Donald Trump despontou como vencedor no início da manhã de quarta-feira (era por volta de 5h30min em Brasília). Na última, em 2020, o resultado só saiu quatro dias depois do pleito, no sábado.
É possível prever que Geórgia e Carolina do Norte terão uma apuração rápida, anda na noite desta terça-feira (5). Mas no condado de Fulton, como ocorreu na eleição passada, pode atrasar a contagem.
Às 22h desta terça, saberemos a situação em 19 estados, a partir da projeção das redes americanas. O grande temor é que podem dar "too close to call", ou seja, muito uma diferença muito pequena, a ponto de não ser possível bater o martelo sobre um vencedor.
Alguns analistas otimistas falam em resultado final na tarde de quarta-feira (6). Os pessimistas avaliam, na pior das hipóteses, no domingo (10).
No Nevada e no Arizona (outros dois swing stantes), a apuração pode levar dias. Outro Estado decisivo, a Pensilvânia, cuja contagem começa ainda nesta terça,só começará a contagem de votos das cédulas recebidas pelo correio após o fechamento das urnas, o que pode fazer com que a apuração demore ainda mais.
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