Durante os piores dias da tragédia climática no Rio Grande do Sul, em maio, o campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Guaíba, na Região Metropolitana, foi sitiado por facções criminosas que se misturavam aos moradores refugiados de Eldorado do Sul.
As organizações seccionaram andares do prédio, localizado na Rua da Balança, paralela à BR-290, como se as áreas da universidade fossem pavilhões do antigo Presídio Central.
Os criminosos controlavam acessos às salas de aula transformadas em quartos, decidiam quem entrava e saía e acossavam servidores da prefeitura. Inclusive as paredes foram pichadas com insígnias de cada grupo.
Como fica próximo à rodovia, o campus foi um dos primeiros no município a serem acessados por moradores em fuga de Eldorado do Sul. Junto das vítimas, deslocaram-se as organizações criminosas, que logo fatiaram o prédio.
A retomada do campus foi possível dias depois graças à intervenção de fuzileiros navais da Marinha, que montaram uma base expedicionária na área.
- Eles nos ajudaram a retomar a Ulbra - conta o prefeito Marcelo Maranata, que acumula a presidência da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granpal).
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