Desde a noite de 27 de junho, cada fala ou expressão de Joe Biden é escrutinada no detalhe - mais do que o habitual. Os Estados Unidos (e o mundo) se perguntam se, depois do péssimo desempenho do debate na CNN, sua candidatura ainda seria viável.
Mais do que a questão da idade (Biden tem 81 anos) ou de sua saúde (o presidente tem mostrado lapsos de memória), o que preocupa é o impacto político disso. No caso da eleição americana é mais importante o "parecer" do que o "ser". Parecer frágil afugenta doadores de campanha - em uma disputa milionária, que depende dos grandes investidores. Seu comitê já tem US$ 91 milhões em caixa.
Em meio a esse temor - e diante do escrutínio do público e da imprensa -, surgiu o primeiro sinal de que Biden pode desistir. Um aliado do presidente, sob condição de anonimato, afirmou ao The New York Times que o presidente estaria avaliando se ainda seria capaz de salvar sua candidatura. Ele também teria comentado que, se não conseguir convencer o público nos próximos dias, poderia retirar-se da campanha.
Nas fileiras democratas, três eventos são considerados chaves: uma entrevista que ele irá conceder na próxima sexta-feira (5) à rede ABC e dois comícios, um na Pensilvânia e outro em Wisconsin.